MercadoEntidades de desenvolvimento local da região de Coimbra, envolvendo autarquias, empresas e instituições, estão a gerir 1,5 milhões de euros de apoios à modernização e diversificação de negócios.

Pequenos produtores agrícolas locais estão a reagir às dificuldades impostas pela pandemia de covid-19 e a encontrar alternativas aos seus negócios de venda nos mercados e feiras. Passaram a vender pela internet, com distribuição porta a porta, mesmo percorrendo distâncias superiores à área do seu próprio concelho. Isto significa uma alteração do paradigma deste tipo de negócio, que veio para ficar mesmo que os mercados de cada vila já estejam a reabrir, como está a acontecer desde finais de abril. As duas vertentes de negócio são conciliáveis, dizem os empreendendores.

Sete Grupos de Ação Local na região de Coimbra

Sete Grupos de Ação Local da Região de Coimbra – a que se associam os territórios de Sicó, Pinhais do Zêzere e, a norte, as zonas de Águeda e Tondela – anunciaram, há cerca de um mês, programas de apoio financeiro a produtores locais que, no conjunto, ascendem a 1,5 milhões de euros (PDR 2020), como incentivo à ”proximidade com os consumidores, numa lógica da promoção dos circuitos curtos de comercialização e da qualificação dos mercados locais”.

O conceito “circuitos curtos” adquiriu uma importância fundamental, representando a ligação direta “produtor/consumidor”. As candidaturas estão abertas nos respetivos Grupos de Ação local (GAL) até final de maio ou, em alguns casos, até 15 de junho: Adelo, Adiber, Adices, Coimbra Mais Futuro, Dueceira, Pinhais do Zêzere e Terras de Sicó.

Financiamento a fundo perdido dos 50% aos 80%

O financiamento a fundo perdido vai dos 50%, por exemplo para aquisição de uma viatura de distribuição; a 80%, se for para uma campanha de marketing digital, ou elaboração de um site como plataforma de encomenda ou vendas.

A Coimbra Mais Futuro realiza hoje uma reunião com a Câmara Municipal de Coimbra para dinamizar todos estes processos, ao mesmo tempo que reforça a tónica em campanhas dirigidas aos consumidores, para comprarem produção regional no comércio local. O incentivo ao comércio local é, aliás, uma causa que está a ter grande crescimento na região, com todos os GAL a fazerem apostas semelhantes, para escoamento das produções locais de qualidade.

O diretor executivo da ADE LO (Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego), Mário Fidalgo, constata que estas medidas se justificam “neste período de emergência”, mas que “este aviso deve ser entendido ainda como um processo de apoio mais vasto à revitalização deste setor económico, num período subsequente ao levantamento das situações restritivas de circulação de pessoas e bens”.

Os subsídios disponíveis são também dirigidos à qualificação das bancas e outros espaços dos mercados locais”

Fonte: As Beiras