Oikos SmartFarmerA Oikos vai lançar em breve uma nova versão da sua plataforma on-line SmartFarmer, um mercado virtual de produtos agrícolas nacionais. O anúncio foi feito recentemente por esta organização não governamental para o desenvolvimento (ONGD), explicando que os interessados já podem fazer o seu pré-registo na plataforma como consumidor ou produtor.

A Oikos anunciou também que está a desenvolver, em parceria com o Instituto Politécnico de Viseu (líder do projecto), o “MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior”. O objectivo deste projecto é «aumentar a participação cívica e associativa das mulheres agricultoras nas regiões do interior do nosso País», nomeadamente em São Pedro do Sul e Sabugal.

A iniciativa é financiada pelo Programa Conciliação e Igualdade de Género (EEAGrants) e irá funcionar como «uma experiência piloto, que poderá vir a ser replicada em outros territórios idênticos». A Oikos afirma que este projecto vai «estimular a cidadania activa e a visibilidade e participação social das mulheres agricultoras na esfera pública e no desenvolvimento local», sendo também uma forma de promover a «igualdade de género para mulheres agricultoras».

João Fernandes, presidente desta ONGD, considera que o projecto MAIs «vem reforçar o papel da Oikos na dinamização da pequena e média agricultura nas regiões do interior de Portugal, em especial nos municípios da Beira Interior» e que «é também uma oportunidade de conciliar a experiência de capacitação de mulheres e formação em temas relacionados com a igualdade de género, com o desenvolvimento agrícola e rural». Para João Fernandes, «esta experiência, aliada à plataforma de comércio electrónico smartfarmer.pt, permitirá dar viabilidade económica futura aos colectivos de mulheres agricultoras que venham a surgir no âmbito do projecto e passarão a dispor de um canal de vendas on-line, escoando a sua produção directamente para casa do consumidor».

Segundo a Oikos, a plataforma SmartFarmer é um «negócio social» que visa fomentar a «aproximação virtual à produção local», «apoiar os agricultores a vender mais e melhor», proporcionar «uma aproximação aos consumidores, promovendo a compra on-line, sempre que possível, directamente ao produtor», e «facilitar o acesso dos pequenos e médios agricultores ao mercado, em condições justas, privilegiando lógicas de proximidade e sustentabilidade». A entidade indica ainda que o SmartFarmer «conta com uma rede de parceiros a nível nacional e o apoio do programa “Parcerias para o Impacto”, do “Portugal Inovação Social”, com financiamento do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (Poise) e da Fundação Calouste Gulbenkian».

Notícia originalmente publicada no Frutas, Legumes e Flores.