A.C.M. Raça MaronesaA Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, deslocou-se esta sexta-feira, dia 24 de abril. ao norte do país para acompanhar, no terreno, o funcionamento de empresas do setor da carne e de explorações de hortícolas, no contexto marcado pela pandemia da COVID-19.

O dia começou com uma visita à PEC Nordeste, em Penafiel. Uma empresa com mais de 20 anos de serviço no apoio à produção pecuária nacional, que mantém valiosas parcerias com as associações e agrupamentos de raças autóctones com Denominação de Origem Protegida, nomeadamente Barrosã, Maronesa, Minhota, Cachena e Arouquesa.

Maria do Céu Albuquerque lembrou que, “no Plano de Medidas Excecionais, procurou-se garantir o apoio à manutenção da atividade dos produtores de espécies autóctones. Foi ainda assegurado o enquadramento do pastoreio, em áreas de pousio, sujeitas a restrição por obrigações associadas a compromissos ambientais assumidos para o ano de 2020, reduzindo assim os custos na alimentação e maneio dos animais que permanecem no campo”. Foi ainda feito um reforço dos pagamentos diretos e das ajudas para o desenvolvimento rural para 70% e 85%, respetivamente, e que engloba os pagamentos ligados às vacas em aleitamento e leiteiras, aos ovinos e caprinos, como também o apoio às zonas com condicionantes naturais.

Já em Paredes, a Ministra da Agricultura visitou uma produtora local, Alda Moreira, integrada no projeto PROVE, promovido pela Ader-Sousa, um Grupo de Ação Local, e que já assegurou a sua inscrição na plataforma www.alimentequemoalimenta.pt. Alda Moreira distribuía, antes desta crise, cerca de 75 cabazes, mas com a nova realidade viu a sua produção aumentar para 100 cabazes por semana.

Maria do Céu Albuquerque revelou ainda que cerca de 700 produtores já se inscreveram na plataforma www.alimentequemoalimenta.pt. O site lançado pelo Ministério da Agricultura, há uma semana, conta já com 50 mil visitas.

A Ministra da Agricultura destacou a mudança de comportamentos que está a acontecer devido aos efeitos da pandemia e reafirmou que “é precisar valorizar o que é nosso, os nossos produtos locais, que têm de ser reconhecidos pela sua qualidade. Quando estamos a consumir produtos próximos, produtos de época, estamos a diminuir a nossa pegada ecológica, bem como a apoiar os nossos agricultores. E, assim, estamos a alimentar quem sempre nos alimentou”.

De visita a Vila Real, Maria do Céu Albuquerque assistiu à inscrição do Agrupamento de Produtores de Carne Maronesa na plataforma www.alimentequemoalimenta.pt. A titular da pasta da Agricultura lembrou, neste contexto, que este é um dos setores mais afetados pelo encerramento dos hotéis, restaurantes e cafés, devido à pandemia, e recordou as medidas de apoio à tesouraria e as garantias vindas de Bruxelas: “fomos pedindo à Comissão Europeia um conjunto de medidas excecionais que, finalmente, foram aprovadas. Em concreto, vai ser permitido o armazenamento privado dos laticínios, assim como da carne de vaca, de ovino e de caprino”.

Fonte: Ministério da Agricultura.