No atual momento, face à prevenção e às medidas de contingência adotadas para fazer face à pandemia da Covid-19, verifica-se a alteração de hábitos e comportamentos dos consumidores, os quais estão a afetar significativamente a capacidade de escoamento dos produtores.
As alterações afetam em particular os pequenos produtores, por via das severas limitações ao funcionamento dos mercados físicos de proximidade, assim como dos estabelecimentos do canal da hotelaria, restauração e cafés.
Desta forma, o Ministério da Agricultura lançou a Campanha “Alimente quem o alimenta”, para promover do consumo de produtos locais e o recurso aos mercados de proximidade, à qual a ADIRN – Associação do Desenvolvimento do Ribatejo Norte se associou.
No âmbito desta Campanha está a ser construída uma plataforma que pretende encurtar a distância entre a oferta e a procura, apostar nos circuitos curtos de comercialização, pondo em contato direto quem produz e quem consome.Caso seja do seu interesse, e ainda não esteja inscrito, pode aderir a esta plataforma do “Alimente quem o alimenta”, sendo o procedimento de adesão simples, podendo para o efeito aceder ao link: https://forms.gle/aDPVmJRKuuDRnLXi7 (para preenchimento do formulário de inscrição).
Sobre a Campanha “Alimente quem o alimenta”
O Governo começou a apoiar os agricultores a escoarem os seus produtos nos mercados locais e lançou uma campanha destinada a promover o seu consumo, após verificar dificuldades de escoamento devido à pandemia, anunciou a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque.
As maiores dificuldades de escoamento são, por um lado, nas carnes de raças autóctones, cuja produção foi programada para dar resposta durante a Páscoa ao consumo das famílias que, «por estarem confinadas e não se juntarem, não estão a consumir”, e, por outro lado, nos queijos, enchidos e outras carnes processadas, devido ao encerramento do Canal Horeca, que tinha como principal destinatário a restauração.
Também nas frutas sem casca e nos legumes consumidos em cru há problemas de escoamento não só “por serem perecíeis, mas também pelo receio infundado no seu consumo”, explicou.O objectivo passa por “promover e agilizar os canais de comercialização dos produtos locais, alargando as possibilidades de escoamento”, a área de Governo vem estabelecer um apoio de 48 euros diários – 80% da despesa diária calculada – para apoiar as deslocações dos agricultores até aos mercados locais ou pontos de entrega.
No âmbito das medidas excecionais previstas na portaria, o Governo alargou a abrangência das entidades que dinamizem esses mercados, como câmaras municipais, juntas de freguesia ou organizações de produtores e concede apoios para a “adaptação e apetrechamento” dessas infraestruturas dentro dos concelhos ou em concelhos da mesma comunidade intermunicipal.
A despesa elegível para efeitos do apoio oscila entre os 500 e os 50 mil euros, no caso das chamadas cadeias curtas e entre 5 000 e 100 000 euros para os mercados locais.
Neste sentido, o Ministério da Agricultura enviou uma carta a todas as comunidades intermunicipais e Associação Nacional de Municípios Portugueses a sensibilizar as câmaras municipais para a necessidade de reabrirem os mercados municipais e locais, dentro das regras de segurança alimentar exigidas.
A campanha “Alimente quem o alimenta” foi lançada com o objetivo de “apelar ao consumo de produtos locais chamando a atenção do valor dos produtos”, disse a Ministra.
No âmbito da campanha, o Governo pediu também “às grandes superfícies e cadeias de distribuição para reforçarem as suas encomendas junto dos produtores locais, ajudando a fazer o escoamento dos seus produtos”. Maria do Céu Albuquerque anunciou ainda que está a trabalhar com os Grupos de Ação Local na criação de “uma plataforma nacional que ligue quem consome e quem vende”.
“É mais uma ferramenta para dinamizar o escoamento dos produtos locais”, que vai «ficar para o futuro», uma vez que “nada será como antes” depois da Covid-19 e os novos hábitos de consumo a partir da internet criados pela pandemia «devem ser aproveitados”.
Locais da região onde poderão adquirir produção local:
- Núcleo PROVE – Ourém (todas as sextas-feiras tarde) Encomendas: http://www.prove.com.pt
- Mercados EcoRurais – Ourém (Junto á Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, próximo mercado, domingo dia 19/04/2020)
- Mercado Municipal de Alcanena (( 2.ª a 6.ª (condicionamento à entrada de 20 pessoas em simultâneo, sendo que o mercado continua a funcionar na Rua José Afonso, visto servir para fins alimentares considerados produtos de primeira necessidade)
- Mercado Municipal de Tomar (terça -feira e quinta-feira das 8h00 às 13h00 e à sexta-feira e sábado das 8h00 às 15h00)
- Mercado Municipal de Torres Novas (terça-feira e sábado, das 07 às 13h)
Fonte: Jornal Cidade de Tomar